Os motéis invisíveis de São Paulo (ou como fazer amor com estranhos) – Parte 2
2 pessoas, 4 dias, 4 noites e 11 camas espalhadas pela cidade. Um relato sobre como podemos nos entregar para aquele que não conhecemos. [leia a parte 1]
A liberdade de ser qualquer um
Liberdade é coisa assustadora. Seu namoro acaba, você é demitido, muda de cidade e então pensa: “PQP! Eu posso ser quem eu quiser, posso me mover para qualquer lugar”. Quer algo mais aterrorizante do que saber que você pode ir para qualquer canto, que qualquer coisa pode acontecer com você, que você pode estragar toda a sua vida, sem saber, de um dia para o outro?
Uma doença surge no corpo, você começa a se contorcer, buscar tratamento, travar, até que percebe: você passou seus últimos anos se esforçando para não morrer e se esqueceu de viver. Uma pessoa surge no MSN, você começa a falar despretensiosamente, sorri, se solta, até que se dá conta: você está morrendo de tesão e cheio de idéias sobre como acabar com seu casamento (sabe até o que contará para sua filha). Imagine a cena:
– Mas, papai, eu nunca vi vocês brigando! Tinha algo de errado com mamãe?
– Não, filha, nosso casamento era ótimo. Foi só o MSN que surgiu alguns dias e papai não tem controle algum sobre a vida…
Está tudo aberto. Você pode conhecer alguém hoje ou não. Você pode se dar bem ou não. Você pode dormir ou ir naquela balada de salsa – sem que tenha a mínima noção dos desdobramentos de ambas as ações. Você pode estar correndo todo alegre para um precipício, sem que ninguém o avise, sem que ninguém olhe por você. Você pode perder tudo. Você pode enlouquecer. Se tem dúvidas, assista ao filme Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto (Before the Devil Knows You’re Dead).
Ser livre é motivo de assombro. Melhor seria se tivéssemos roteiros com garantias (“Se fizer assim, certamente conseguirá isso”), certezas (“Não se preocupe, a vida é exatamente assim, olha”) e seguranças (“Tem alguém olhando por nós e eu vou te amar para o resto da vida, estarei sempre com você”). Liberdade é ausência de roteiro, vida incerta. Começar a escrever sobre livre-arbítrio espírita e terminar publicando um livro sobre determinismo neodarwinista. Andar vendado, de costas, no meio de uma cidade em guerra. Liberdade é não ter ninguém olhando por nós. Ou melhor, ter alguém igualmente livre para olhar e, no minuto seguinte, desviar o foco. Como não rir de alguém que pede garantias para a mobilidade pura (leia-se: mulheres, homens, vida, mundo)? “Querida, você promete que vai ficar aí, paradinha?”.
Na verdade, você não precisa cortar laços com nada, você pode estar casado, seguindo uma carreira, ter acabado de comprar um apê. Objetos, sentimentos, pessoas e situações, tudo bem consolidado e arrumado. Basta chegar em casa um pouco estranho, olhar tudo ao redor e pensar: “PQP! Eu posso ser quem eu quiser, posso me mover para qualquer lugar”. Quem possui algo não deixa nunca de estar na mesma condição daquele que acabou de perdê-lo. A liberdade de estar por cima é a mesma que nos arremessa vida abaixo. Não atentamos para a mobilidade e impermanência do mundo pois ainda guardamos, em nós, alguma sensação de permanência – ainda não nos sentimos como seres plásticos. Não é à toa que, assim que conseguimos a proeza de estabilizar todos os elementos ao nosso redor (nos aproximar do que gostamos e afastar aquilo a que temos aversão), a vida revela sua ironia: se as coisas não mudam, é você quem muda. A casa na praia, aquela que você levou anos para construir, não tem nada de errado, nenhuma infiltração, nada. A praia também não, continua paradisíaca. Mas você, pasme, não mais gosta de areia e mar.
É muito mais fácil ignorar a liberdade, achar que algumas coisas não podemos mudar: “Eu tenho medo de altura, vem desde criança, fazer o que, sou assim, já vou avisando”. Isso nos conforta, autoriza e valida nossos medos e comodismos. É como a parede de uma prisão: se for intransponível, podemos dormir tranquilos; se houver um jeito de ultrapassá-la, a ação está em nossas mãos. Com o desafio surge uma responsabilidade que nunca pedimos. Veja, não é que não desejemos a responsabilidade por nossas alegrias (afinal, adoramos ouvir “Você é autor do seu destino”). Pelo contrário, é a responsabilidade por nossos fracassos que nos aterroriza. É ela que evitamos com vigor.
A liberdade de amar qualquer outro
Na Cabana do Dr. Love, um elemento em comum em 80% dos relatos é a preocupação sobre o que se passa na mente das mulheres. “Eu fiz isso, será que ela gostou? Será que ela está a fim? Como saber se ela quer ou não quer? Pela reação dela, o que vocês acham?”. Aqui aplica-se também a metáfora da prisão. Vê-la como definida é mais confortante: se ela não quiser, não é culpa minha, não é devido a algum defeito no meu rosto ou falha do meu comportamento, é algo que ela concretamente já sentia e pensava.
Em vez de analisar os “sinais femininos” (expressão que supõe o modelo aparência x essência, uma pessoa com pensamentos e emoções independentes e sólidas), minha resposta é sempre a mesma: ela ou qualquer outro ser humano não tem nada definido ou fixo dentro de si. Em geral, reagimos à visão que nos parece mais real, tomamos decisões e as justificamos como se fôssemos vítimas: “Ela disse que não gostou, então eu parei com tudo”.
Sempre que perguntamos “Será que ela quer namorar? Será que ela está pensando em sexo?”, erramos feio porque nos esquecemos de nossa capacidade de construir aquilo. Ela pode não estar pensando nisso, mas a natureza feminina é justamente a disponibilidade de ser levada a pensar e querer isso. Conduzir é movimentar energia. Ao expandi-lo, cortar suas amarras e obstruções, o masculino conquista o feminino.
Por outro lado, sempre que uma mulher pergunta “Será que ele me quer?”, ela se esquece que pode ativar nele o desejo, e que o caminho para isso não passa por essa pergunta hesitante. A natureza feminina encanta ao ampliar a entrega. Com seus pequenos gestos, dance ao redor dele, se mostre, faça-o querer desejar você. Seu brilho concentra e fixa o olhar do outro. O feminino potencializa o masculino, é assim que o seduz.
Para percebermos essa dinâmica da vacuidade operando de modo evidente, nada mais fácil do que nos relacionarmos com completos estranhos. Por não haver relação viciada, nenhum histórico e principalmente por não sabermos de nada do outro (“Ele é tímido ou não? Gosta de shoyu ou não?”), podemos treinar construi-lo e, ao fazê-lo, descobrir que sempre estamos fazendo isso com todos, sem exceção, só que de modo restrito e aprisionante. Sem querer, usamos esse processo de liberdade para congelar e fixar o outro naquilo que vemos, em vez de o liberarmos para surpreender nossos olhos.
A música “Falling Slowly”, de Markéta Irglová e Glen Hansard (outro caso de amor entre estranhos, narrado no filme Once, que recomendo com todos os dedos), começa assim:
I don’t know you
But I want you
All the more for that(Eu não te conheço
mas te quero
ainda mais por isso)
Um estranho nos deixa mais à vontade porque não nos cobra de ser quem já fomos, não exige coerência. Quando um amigo ou um familiar se aproxima, há um natural pedido por coerência, um chamado por nossas identidades condicionadas. Caso isso não aconteça, ocorre uma perturbação: “Você está estranho! Sempre falante, hoje calado. Espero que amanhã você volte ao normal”.
Além disso, o fato de não sabermos quem o outro é ativa o desconhecido em nós mesmos. Ou seja, nós não agimos de tal forma com aquela amiga pois sabemos como ela pensa. Sua presença, o modo com que ela nos olha, impede que várias de nossas identidades se expressem. O conhecido restringe o leque de ações possíveis. Um estranho, ao contrário, vem com um olhar misterioso e assim deixa todo o espaço do mundo para que nasçamos livres e loucos à sua frente.
Como estranho, você faz o mesmo que poderia (deveria) fazer como amigo ou marido. Ao não perguntar pelo passado, você o redime de qualquer culpa, erro ou arrependimento. Ao não se interessar pelo futuro, você o liberta de qualquer preocupação em satisfazer expectativas e do compromisso em se manter coerente consigo mesmo.
Nossa liberdade ama a liberdade do outro, assim como nossas prisões engendram as prisões alheias. Agindo com a liberdade de ser qualquer um, você automaticamente abre espaço para que o outro faça o mesmo – e expresse sua liberdade de ser qualquer outro. Ao reassumir a autonomia, ao reconhecer a responsabilidade por seus estados internos, você se dá conta de que pode construir relações positivas em todas as direções, pode sentir tesão e amor por um número cada vez maior de formas e curvas, fazer nascer a beleza do outro pela qual você vai se apaixonar.
E então um deles talvez escreva assim:
“O relacionamento mais entregue que eu tive até então foi com um completo desconhecido. Uma pessoa que eu não sabia dos sonhos, pesadelos, da infância, dos conceitos e preconceitos. Eu sabia o essencial, as coisas práticas. Onde trabalha, o que faz, onde mora. Mas não sabia o porque de tais escolhas. Ele também não sabia nada de mim, só o superficial também. E quando nos encontramos (marcamos de nos encontrar, sem saber nada um do outro, sem saber o que nos esperava, e não, não deu medo) foi maravilhoso. Porque podíamos ser tudo.
Ele me deu vinho seco pra beber. Ele não sabia que eu não gostava. Na verdade, nem eu sabia, porque eu tinha decidido não saber nada de mim ao lado dele. E eu vi que ao contrário do que eu mesma pensava, eu gosto de vinho seco, sim! Eu não comia comida japonesa, porque nunca tive vontade, achava feio e meio nojento. Ele também não sabia. E nós fomos em um restaurante japonês. E eu amei!
Quando você não se limita, não se restringe, você pode mais, a pessoa pode mais com você, e os dois só crescem.”
A liberdade de ir para qualquer lugar
Em uma cena de Before Sunset, Jesse e Celine falam do daydream, da sensação de poder parar e construir o próprio tempo, como se estivéssemos sonhando. Quem já sabe como fazer amor com estranhos vai atrás dos motéis invisíveis espalhados por aí. É hora de abrir os olhos de dentro do sonho.
Compartilho, assim, o resto da aventura.
Os celulares continuaram desligados enquanto voltávamos do Ibirapuera. À noite, ela foi comigo conhecer a academia de dança de salão. Depois das aulas, cansados, comemos no apê mesmo. Damasco, uva, queijo e vinho.
No dia seguinte, saímos para o Mercadão Municipal. Fomos de metrô, percorremos o centro vazio. Andar com uma estranha nos faz olhar para a cidade com olhos renovados. Você ganha aquela energia extra que faltava para ir naqueles locais que sempre quis, “mas enfim, eles estão sempre lá, por que não em outro dia, não é mesmo?”. Conhecemos o gosto da pitaya (um kiwi gigante com recheio vermelho, pra comer de colher), além do clássico sanduíche de mortadela e um abacaxi para fechar.
O Museu da Língua Portuguesa estava dando sopa por perto, então aproveitamos. Pegamos um dos raros dias em que ele é gratuito e conferimos o andar em homenagem ao Gilberto Freyre. Eu não sabia que o cara tinha escrito tanta coisa! Quando saímos, avistamos o Parque da Luz. Como ensina o Contardo Calligaris, percorrer caminhos e destinos planejados não é viajar. A aventura está em se perder, em ser levado pela cidade. Como estava aberto, entramos.
À noite, descobri que chocolate derretido com queijo gouda é algo fenomenal. Melhor do que com frutas. No sábado, fomos meditar e depois almoçamos no Wraps do Shopping Paulista. Aqueles smoothies… ah, aqueles smoothies. Brincamos de cheiros na loja Wisha Wisha e levamos um sabonete e uma barra de massagem. Andamos a Avenida Paulista toda. O tempo era medido pela luz do Sol, pela passagem das pessoas, por nosso suor, sede, fome, sono. Andar com estranhos altera nossa percepção.
A cidade nos movia. O SESC Av. Paulista estava com uma exposição sobre a cultura japonesa, Tokyogaqui. Lá dentro, estranhamos os passos do ParaPara e lemos todas as frases de Kazuo Ohno sobre a não-dualidade entre o viver e o morrer. A vista da cobertura do prédio do SESC é demais. Depois fomos na Fnac, Livraria Cultura e uma exposição pequena que rolava no Conjunto Nacional.
Domingo meditamos em grupo pela manhã, almoçamos no Paulista Natural (Alameda Santos, sucos, sobremesas, tudo incluso, por R$ 17,00), fizemos mais 2h de meditação e voltamos no fim de tarde. A aventura acabou com forró no Canto da Ema, lugar que já deu o que tinha que dar, mas é sempre uma alternativa.
Detalhe: em 4 anos morando em Sampa, eu nunca havia ido ao Museu da Língua Portuguesa e ao Parque da Luz. Não sei quem foi mais feliz nessa loucura… Se ela não conhecia São Paulo, eu não sabia o que era viajar sem sair da cidade, só pegando olhos emprestados.
Olhar a cidade e poder passear em qualquer lugar, como se fosse sua casa, não é muito diferente da sensação de possuir uma mulher, movimentar sua energia para todo lado. O prazer supremo não vem dos locais nem das mulheres ou homens. Gozamos quando nada mais ao nosso redor é fixo, quando podemos brincar e mexer em tudo, provocar e beliscar aquilo que nos afligia. O prazer vem mesmo é da liberdade.
* Dedicado a você, querida estranha.
** Escrito sob efeito da discografia da Dave Matthews Band.
Finalmente!! \o/
Texto que veio em boa hora, inspirador, que anima, nos faz ver que a vida é sempre MAIS!
Que mesmo que estejamos vivendo uma vidinha igual e que pensamos que novidades e surpresas não acontecem, existe gente maluca ai, que às vezes tenta viver, sorrir e se divertir.
Gozar dá, com, por, através, pela, liberdade…
E isso é mais do que maravilhoso!
Que muitos casais estranhos possam se amar por ai!
Beijos Querido!!
(Escrito sob efeito da discografia da Dave Matthews Band.)
Fala sério!!! Muito bom hein?!
Enquanto leio me lembro de uma frase que li no Incompletudes, que a vida não tem ensaio, temos que subir no palco e … viver!
Este teu texto tá bom demais prá refletir, prá pensar mil coisas … porque a cada minuto, diante de nós se descortina diversas possibilidades e a gente vive passando de momentos de escolhas para outros .. viver é escolher sempre né?!
E qdo a vida lhe dá uma liberdade para aqual vc nem estava preparado? Uma sensação estranha de não saber lidar com aquilo e ao mesmo tempo uma alegria por poder desfrutar daquilo, rsss … Como é bom viver, rs!!
Que bom poder vir aqui e pensar mais um pouco no que fazemos com a nossa.
Adorei o seu post. Adorei.
Há duas semanas eu fiz isso, só que fui eu que saí daqui de Sampa para visitar um desconhecido num lugar lindo. E foi uma experiência marcante. Uma puta sensação de liberdade e de vida. Ampliar os horizontes e travar novas relações.
Abraço
PS. Quando vc acerta a mão é de tirar o chapéu. Parabéns.
Vim pra casa o caminho todo lendo esse post pelo celular. Aproveitei o trânsito parado… Nunca torci tanto pro congestionamento piorar. Quando ficava livre, não dava pra ler, dirigir e “viajar” ao mesmo tempo! Rs
Que sensação boa… Muito bom ler seus posts e descobrir que não sou tão errada assim! Leio e me sinto feliz por ter com quem dividir minhas loucuras!
Liberdade!!!
E é bom lembrar que todos somos estranhos.
Um dia, até quem é próximo percebe isso. Conhecer TUDO de uma pessoa é tão impossível quanto conhecer todas as cidades do mundo. Por isso, faço analogias.
E é tão bom surpreendê-los! Aos estranhos e conhecidos. E, de repente, a gente age espontaneamente, de um jeito inesperado, em uma máscara jamais vista por eles, e quando dizem “não acredito que fizeste isso”.
É muito bom ser livre. Mesmo com o coração preso 😉
PS: Adoooooro brincar de ser Celine – lógico que a Celine fofinha do antes do amanhecer, porque a Celine magrela e cheia de traumas do antes do pôr-do-Sol me enerva 😉
Beijo, Dear Stranger.
“Muito bom ler seus posts e descobrir que não sou tão errada assim!”
P., quer dizer que meus textos estão apoiando ações não virtuosas? hahhaah… Acho que vou pensar 2x antes de publicar os próximos.
…
J., sim, absolutamente estranhos. Conhecer TUDO é impossível porque somos abertura incessante. Estamos sempre à frente de nós mesmos, nem por um instante somos algo de fato.
Eu gosto de ambas as Celines. E muito tb da menina pianista do ONCE.
[i]I don’t know you
But I want you
All the more for that[/i]
Ela é uma estranha aparentemente louca.
Mas é boa, sim.
Rsrsrs
Não Gu, não me deixe sem seus textos! As vezes fico angustiada por achar que não sou desse mundo. E os seus textos fazem eu me “sentir em casa”. rsQuando digo que sou “errada”, quero dizer pra essas pessoas “normais”. Ou hipócritas. Ou então aquelas pessoas superficiais, que não se entregam à propria loucura! É difícil conviver ao redor de pessoas assim, quando se tem a alma livre.
essa estranheza…
legal teu site!
😉
Espetacular, eu diria.
sinceramente nem sei o que dizer…minha prima me indicou aqui…to P**** da vida pq ela não fez isso antes.. ^^…Gustavo meus parabéns….estou impressionada….e olha q isso é difícil.
Obrigado por esses… ^^
Simplesmente perfeito…
Um texto aparentemente simples e cheio de situações que nos levam a diversos e estranhos lugares. Os personagens se movem como se não houvesse um roteiro a seguir, porém sem aquela idéia de que “se não há roteiro dificilmente haverá liberdade”, ou seja, “é possível sim, ser livre e ser feliz sem ter direção”. Não se preocupar em desvendá-lo, e sim, na maioria das vezes, em construír do modo mais intenso possível.
Seus textos Gustavo Gitt são expressivos permeados por suposições vagas, imprecisas como o movimento da areia que escoa entre os dedos. São impactantes as doces surpresas que seus textos nos provocam.
Adorei.
Beijo nino.
Que personagens, Alexsa? Acho muito legal quando alguns lêem esse blog como ficção. Muito louco isso.
Gustavo…
Não me referi a personagens de uma ficção, sim a você e sua companhia. Os personagens do blog… Desculpe se não me expressei bem.
Sim, sim, Alexsa, entendi e usei como gancho. Na verdade, nesse post não rola essa confusão, mas em outros sim.
Teve um (o ps i love you) que foi muito louco: recebi um comentário dizendo “parabéns”, mas a última coisa que você quer ler sobre uma carta que de fato entregou a alguém é um “parabéns”.
hahahha
bjo em vc.
Claro, entendo. É que a maioria de seus textos são assim, promovem inspiração através da realidade.
estaziante!
adorei seu texto, sua falta de certeza nas verdades e de suas verdades, com certeza!
;D
esta liberdade nunca esperimentei mas seu texto me inspira !! obrigada pela oportunidade de boa leitura!
Visito o espaço há poucos dias, e venho me deliciando com os maravilhosos textos que encontro por aqui. E esse sem dúvida é um daqueles bem envolventes e reflexivos. Entre a leitura de uma linha e outra, uma inundação de situações me vieram a mente, dentre elas as que me fizeram ser livres verdadeiramente, intimamente ligadas ao desconhecido e ao poder ser tudo. Obrigada pelas maravilhosas lembranças.
E, como tudo que existe, Markéta Irglová e Glen Hansard não estão mais juntos…
Será que agora eu a verei vendendo rosas por aqui?? 🙂
Nossa!! mto bom mesmo, cada um interpretando a sua maneira, primeira vez que leio e adorei,acho que devemos aproveitar a vida com responsabilidade, afinal somos livres para viver qqer emoção e aventura,que devemos pensar em quem amamos para não machuca-los e que somos capazes sim… basta querer. Amei prescisava mto disso. Obrigada
lindo
O prazer vem mesmo é da liberdade
Adorei essa frase, vou guardá-la para o resto da vida…
Vc me indicou esse link após eu te mandar uma mensagem pelo facebook, sim é meu primeiro passo para a liberdade, eu que não faço nada sem antes saber o que os outros vão pensar, encontrei enfim meu refúgio nesse texto e em outros que estou devorando sem parar a semana inteira.
Não quero mesmo saber do passado das pessoas, isso causa decepções antes mesmo de tentar dar uma chance , primeiro a gente ama e depois,bem depois é depois como em um livro de Clarice Lispector onde a personagem quando criança pergunta pra professora “o que acontece depois que a gente é feliz?”, é obvio que ela não consegui responder mas eu também me faço essa pergunta as vezes,tento responder e acabo me frustando póis as perguntas podem ser mais enigmáticas que as respostas(rsrsrs, Clarice lispector).
Na verdade, já faço isso há algum tempo, a liberdade de amar um estranho ….pensei que só eu pensava assim.
Abraços…….
eu vou começar a catalogar cada vez que vc citar o Calligaris.
Adorei ler seu texto, Gustavo. Já tive a felicidade de passar por situações parecidas (ainda com o plus de estar com alguém que não falava o mesmo idioma que o meu!rs) E também me identifiquei e me apaixonei por “Antes do Amanhecer” (acrescento “Encontros e desencontros” e “Até o fim do mundo”)
Adoro sair e viajar sozinha para poder explorar estas possibilidades. É como um jogo, sempre deliciosamente imprevisível!
“Uma curiosidade: quando eu saio só eu me sinto estranhamente bem, é como se pudesse simplesmente SER, com toda a liberdade do mundo… porém não consigo dizer o que sou.. ?Falta um espelho? Um espelho que eu posso atravessar?”
Escrevi isto ano passado e lendo agora seu texto vejo com maior clareza porque um encontro com o desconhecido é tão irresistível. “Quem é você?”… Miramos o outro e o mundo com o olhar curioso, interessado, abandonando tantos preconceitos… Neste exercício é inevitável pensar: “Mas espera aí… Quem sou eu?!”
Nos permitimos ser espontâneos e isso é tão apaixonante!!
É isso aí, parabéns pelo post, agora visitarei sempre seu blog!
Ah! Um trecho de “Waking Life” que fala sobre encontros:
http://www.youtube.com/watch?v=digp7zDoPdA&NR=1
“D.H. Lawrence teve a idéia de duas pessoas se encontrarem…e, ao invés de apenas passarem… aceitarem “o confronto entre suas almas” ??.… como libertar os deuses corajosos e inconsequentes que nos habitam.”
mandei o link errado…
taí:
http://www.youtube.com/watch?v=_XiI1ii3v6w
É incrivel como ler isso aqui provoca vontades de fazer coisas incomuns.
Agora consegui vizualizar algo para honrar o que diz minha professora de ioga:
“Faça valer o seu dia, faça algo especial para que no fim dele você sinta que valeu a pena o ter vivido”
Seu blog é inspirador.
[…] evidencia direcionamento e autonomia, ou seja, o cara segue com ou sem ela. E, vocês bem sabem, liberdade dá tesão. É um processo bastante conectado ao funcionamento do desejo feminino, que cresce à medida que […]
caro Gitti,
O que falar deste texto?? Na moral, foi um dos melhores, senão o melhor texto que li este ano. Você descreveu perfeitamente, de uma maneira 1000 vezes melhor do que eu poderia descrever, o que é REALMENTE ser livre.
“Qualquer ser humano não tem nada definido ou fixo dentro de si.” E é exatamente essa indefinição que nos dá a chance de mudar tudo, a todo momento, e só nao o fazemos por puro medo. Medo dos resultados que podemos vir a ter, até medo de conseguir a tão desejada felicidade, estampada em tantas revcistas por aí. E esse medo nos impede. Até mesmo nossos colegas, nossa vida atual e passada (nossos erros do passado) nos amarram a uma realidade que impede nossa busca pela felicidade., Ela nos segura, e nós muitas vezes “deixamos como está”, por receio da mudança. Mas esse medo, pensarmos, nao tem fundamento algum.
E o medo da mudança, depois que mudamos, vemos que não era, também, fundamentado, e que nós sobrevivemos, nós somos fortes, somos maiores que aquilo, que aquele mundinho, aqela vidinha mais ou menos. + para se libertar destas amarras, nem sempre é fácil. Se vivemos com nossa familia, vemos estas pessoas todos os dias, e elas nos prendem a padroes já estabelecidos, como podemos nos libertar?
Por isso que, para nos encontrarmos, é necessário muitas vezes irmos embora, nos afastar de tudo de nossas vidas antigas, para conseguir chegar a ser quem sempre quisemos ser. E, claro, isso dá medo, perturba, e é sempre dificil, pra qualquer um. Arranjamos desculpas, fugimos do que queremos, às vezes, por medo de sermos felkizes. De sermos quem queremos. E isso é o mais fundamental de tudo.
DO caralho!! Parabens meu velho. Texto inspirador.
O prazer vem mesmo da liberdade!!Do Amor ao desconhecido e das sensações que nos provocam as coisas novas!!!
Aos queridos estranhos tão parecidos comigo em suas vibrações…
Á um estranho em especial que me diverte sempre, mesmo não estando tão presente.
Que mais pessoas pensem assim e que a gente se encontre por aí!!
Abraços!!
Perfeito este texto !
É tão bom quando a gente se permite,não é?
Deixamos nossos “pré conceitos” de lado, passamos a gostar de vinhos … Enfim, mudamos e ficamos abertos a novas experiências …
Quanto ao filme ONCE …Lindo, recomendo também …Quanto aos passeios em Sampa … Sempre especiais, esta cidade tem muito a oferecer ao casais não limitados …
sensacional!
os melhores momentos da minha vida a dois eu passei ao lado de pessoas que até então eram totalmente desconhecidas, fazendo algo parecido
um dia consigo ler tds os seus textos!
abç
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Colunista da revista Vida Simples
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