Os motéis invisíveis de São Paulo (ou como fazer amor com estranhos) – Parte 1

por Gustavo Gitti 29 março 2008 31 comentários

Parque do Ibirapuera - Amor, namorados, sexo

2 pessoas, 4 dias, 4 noites e 11 camas espalhadas pela cidade. Um relato sobre como podemos nos entregar para aquele que não conhecemos.

O título: para além de intimidade e paixão

Na verdade, os títulos mais precisos para esse post seriam: “Minha maratona com uma estranha: como a morte favorece o amor”; “Amor entre estranhos: como passado e futuro obstruem o presente”; “Amar é viver sem memória ou esperança”; ou ainda “Como amar sem intimidade alguma”.

Não escolhi o primeiro deles porque muitas pessoas, estranhamente, preferem ler sobre motéis a pensar na própria morte. O que elas parecem não entender é a relação entre ambos: assim como a morte, um motel restringe o tempo (“Você pode ficar aqui por apenas 4h”) para amplificar a potência do amor e a energia do sexo. A morte dá condições para que haja o amor eterno. Explico: enquanto buscarmos a imortalidade no tempo (como cantam Sandy & Junior), fugindo do morrer, ficaremos sempre frustrados e insatisfeitos; somente quando nos relacionarmos diretamente com nossa morte é que passaremos a olhar para aquilo que, a qualquer momento, está intocado pelo tempo, aquilo que é atemporal – a verdadeira definição de eternidade (vide Espinosa, no Ocidente, e Shankara, no Oriente). Ao filtrar nossa vida e dissolver passado e futuro, a morte nos faz presentes. Por retirar nossas artificialidades, ela nos ensina a amar.

Não escolhi tampouco os três últimos títulos, já que não tenho certeza de que todos lerão o seguinte artigo do Contardo Calligaris (Folha de São Paulo, 11/11/2005): “Melhor não conhecer quem você ama”. Pois insisto: não prossigam aqui sem antes passar pelo Contardo. Além disso, lembro que esse post aprofunda um mais antigo do Não2Não1: “Paixão e intimidade”.

O título atual leva em conta que a imagem de um motel sugere a necessidade de privacidade e intimidade para nos abrirmos e manifestarmos toda a nossa loucura, nossos desejos, potência e fúria. Nosso imaginário consensual vincula motel a sexo e aceita, sem problema, que seja com estranhos (daí a expressão one-night stand). Agora, amor com um estranho é algo difícil de aceitar. Intimidade instantânea com alguém que você acabou de conhecer? Como isso é possível?

Com a imagem de motéis invisíveis, com suas camas públicas espalhadas pela cidade, proponho a idéia de que não precisamos de intimidade para praticar o amor. Não é preciso trazer alguém para nossa casa e nos fazer conhecer. Não é preciso entrar na casa do outro e conhecê-lo. O amor pode rolar na rua, em público mesmo, ao ar livre. Afinal, onde começa o sexo? No beijo, na penetração? E o amor? Começa onde? Eu tenho duas hipóteses: ambos, sexo e amor, começam no olhar e na respiração e se sustentam pela abertura de corpos e mentes a todas as sensações, estímulos e experiências. E isso, ato erótico, coisa de motel, pode ser feito com sabores em restaurantes, cheiros em lojas de sabonetes artesanais, sons em casas de forró…

Decidi levar essa metáfora a sério e falar do roteiro que fiz, de cada local, para inspirar casais paulistanos a redescobrir, pela cidade, um ao outro.

Já com a expressão “fazer amor com estranhos” (em vez de sexo apenas), avanço em minha tentativa de romper com a distinção entre paixão e amor, pois usualmente pensamos que podemos nos apaixonar por um estranho, mas não amá-lo.

O poema: eu te amo sem saber quem és

Antes do AmanhecerNo último feriado, tive a sorte de viver dentro do filme Antes do Amanhecer (Before Sunrise), de Richard Linklater. Em vez de Viena, andamos pelas ruas de São Paulo. Em vez de Paris, ela viajaria para um Estado brasileiro. E não foi apenas um dia… No filme, Jesse e Celine encontram um mendigo poeta que compõe alguns versos na hora para o casal. O final é assim declamado:

You have no idea where I came from
We have no idea where we’re going
Lodged in life
Like branches in a river
Flowing downstream
Caught in the current
I carry you
You’ll carry me
That’s how it could be
Don’t you know me?
Don’t you know me by now?

[tradução livre]
Você não faz idéia de onde eu vim
Nós não fazemos idéia para onde vamos
Abrigados na vida
Como galhos em um rio
Fluindo para baixo
Levados pela corrente
Eu carrego você
Você vai me carregar
É assim que poderia ser
Você não me conhece?
Você não me conhece até agora?

Isso me faz pensar que uma noite (ou um feriado) com uma completa estranha é a melhor representação possível de nossas vidas. Nascemos do nada, sem saber de onde viemos, e vamos morrer em breve, igualmente sem entender por quê. No intervalo, encontramos estranhos que, mesmo depois de décadas, nunca se tornam conhecidos. Em nenhum momento, sabemos ao certo para onde estamos indo. Ora carregamos, ora somos carregados. Nunca chegamos a conhecer alguém, mas por que não pensar que sempre já conhecemos qualquer um? Estamos sempre disponíveis e prontos. Mesmo quando nos escondemos e nos fechamos, isso é mais um modo de nos expressarmos. Não há como fugir. Estranhos ou não, estamos nus o tempo todo.

Entre as duas pontas da vida, mistérios de nascimento e morte, abismos do eu e do outro, entre quinta e segunda-feira, arriscamos o amor:

“Isn’t everything we do in life a way to love a little more?” (“Tudo o que fazemos na vida não é apenas um jeito de amar um pouco mais?”) –Celine, em Before Sunrise

O roteiro: existem motéis gratuitos em São Paulo

O melhor que dois desconhecidos podem fazer não é se conhecer, mas explorar juntos o desconhecido – neles e no mundo. Ela não conhecia comida japonesa, então essa foi a decisão para o primeiro almoço. São Paulo não tem apenas o Harmony Motel (aliás, experimentem as suíte-casas Kobe e Nagoya, de segunda a quinta, para aproveitar 12h, já que 3h é pouco para explorar todos os ambientes). São Paulo tem cerca de 250 restaurantes japoneses. São motéis abertos, espaços para usar pauzinhos e língua, percorrer cada sabor, pegar um sushi aqui, outro ali, misturar. Pedir pratos lindos de ver (como o “ika to shimeji”, lula grelhada recheada com shimeji), não gostar ou amar – e rir juntos em ambos os casos. Na quinta fomos no Matsuya (em Perdizes, bom e barato). Ah, não deixem de conhecer o Kabuki, na Vila Madalena, com seu ambiente de velas e piano de cauda.

À tarde fomos ao Parque do Ibirapuera. Não entramos em nenhum museu, pavilhão ou no planetário. Bastou sentir o prazer de estar ali enquanto todos estavam trabalhando (o feriado era só sexta)… Dançamos salsa e bolero na grama, sem música, e descobrimos que todas as árvores são registradas com pequenas placas. Vento no rosto, água gelada e sorvete de maracujá, enquanto a cidade morria asfixiada com tantas transações financeiras e contratos fechados. Se você ficar com os poros abertos e souber andar e respirar, não tem como não sacar que o Ibirapuera é um motel com mais de 1 milhão de metros quadrados.

Continua… Na próxima parte, os outros 3 dias de roteiro e um pouco mais sobre esse lance de amor entre estranhos.

P.S.: Ao me ver falando que estamos nus o tempo todo e que há motéis públicos por todo lado, não pense que sou louco, ok? Só que eu também não estou só usando metáforas… 😉

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Para transformar nossas relações

Há algum tempo parei de escrever no Não2Não1 e comecei a agir de modo mais coletivo, visando transformações mais efetivas e mais a longo prazo. Para aprofundar nosso desenvolvimento em qualquer âmbito da vida (corpo, mente, relacionamentos, trabalho...), abrimos um espaço que oferece artigos de visão, práticas e treinamentos sugeridos, encontros presenciais e um fórum online com conversas diárias. Você está convidado.



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31 comentários »

  • Rafael Slonik

    Metáforas bem interessantes cara. Se ver como num filme é um desejo de 99,9% das pessoas. Show.

  • Thiago

    Você tem o dom de dizer coisas tão óbvias mas tão obscuras. Coisas que as pessoas sentem mas não sabem que sentem. Tirar do subconsciente alguns sentimentos e trazer tudo a tona.

    Meus parabéns, novamente.

    Não vou mais falar parabéns. Eu sempre digo parabéns, está virando praxe. Está parabenizado eternamente, ok?

    hehehe

  • Nati

    Texto inspirador.

    Tô curiosa para ver o fim.

    Amar um estranho, será isso possível??

    Mas concordo com você, passamos anos ao lado de alguém para percebermos que não o conhecemos. E ainda reclamamos disso.

    Quantas oportunidades de nos refazer estamos perdendo.

    Caso parecido aconteceu com uns amigos. Recentemente, a menina terminou com o cara, porque ele não era como ela queria. E como ela não via possibilidade de mudança nele, como ela determinou que “ele era assim mesmo” e que do jeito que era, ela nao era feliz. Terminou o namoro.

    E foi só ele arrumar outra namorada, pra ele fazer tudo difrente, tudo que ela não acreditava que ele poderia fazer.

    E não foi por implicância que ele agiu diferente. Simplesmente ele se viu sendo diferente.

    Vai entender!! Perdemos muitas vezes por não perceber isso. OU ganhamos também, simplesmente nada se perde.

    Maravilhoso texto Gitti!!

    E que o amor entre estranhos se prolifere pelo mundo!!!

  • cy

    O novo é realmente assustador, não é Gustavo?
    Será mesmo uma metáfora ou um desafio seu? Também estou curiosa para saber o final desta sua reinvenção.
    bjs

  • B. - A Vida Secreta

    Texto ótimo, necessitando ainda ser mais explorado por mim (vou ler à noite, me inspira mais). Dia desses revi “Antes do Amanhecer” pensando em como seria viver algo assim. Legal vc fazer este post.

    Vou dar uma viajada agora, mas acho que tal experiência traz à tona um nosso eu bem diferente, mais essencial, menos medroso. A certeza de não ter um dia seguinte nos obriga a ser intensos e completos. Saca o “Último Dia” do Paulinho Moska?! O filme “En La Cama” fala bem disso também. Não há incerteza do dia seguinte, podermos ser quem quisermos, exatamente por não ter nenhuma certeza do futuro.

    Quanto ao Ibirapuera… Nossa! Tenho ótimas lembranças. Um piquenique, um amor, um pôr do sol… Minha nudez ali foi da alma!

  • Tamara

    E verdade…precisamos ver todos os moteis que estao exatamente diante de nossos olhos.

    Bjos!!!

  • Urban

    Maravilha de post… fui lendo e sendo levada, envolvida.

    Me trouxe lembranças muito boas Gustavo, de quando tive uma experiência parecida com um completo estranho, de outro país (eu não falava outro idioma, ele arranhava o português). Tive medo do desconhecido (não da pessoa), mas depois de vencê-lo fui ao seu encontro e descobri alguém tão parecido comigo em muitas coisas (ele fazia aniversário no mesmo dia que eu). Quem disse que não podemos ter intimidade com alguém que acabamos de conhecer? Foi entendimento quase instantâneo, tão intenso, tão forte.

    Essa experiência mudou muitos conceitos que eu tinha de amor, de cumplicidade, de paixão.
    Foram vários dias intercalados por dias sem encontros, o sexo rolou depois, não parecia urgente e aconteceu naturalmente.
    Uma bela manhã ao acordar, próximos já da separação (ele ia viajar de volta em breve) nos demos conta que estávamos apaixonados… foi um momento, mágico, único em minha vida. Foi uma entrega, sem medo, como se jogar no precipício e ver no que dá. Nos separamos por cinrcuntancias alheias a nós … a vida. Mas ficamos marcados um pelo outro de uma forma muito forte.

    Nossa… que depoimento, tudo saiu assim tão fluidamente, qdo vi já tinha contado.
    Fica então a minha experiência e minha crença sobre amor e paixão… atemporal, adimensional e surpreendente, qdo menos esperamos ele nos captura.

    bjs
    😉

  • Urban

    Voltando…
    é que saí daqui e fui no PD, e por coincidência tem um post ótimo lá sobre amor, sexo, amizade.

    Voltei prá te deixar o link:
    http://pequenosdelitos.wordpress.com/2008/03/31/conceitos-que-podem-mudar-sua-vida/

    😉

  • Alessandra

    Gustavo

    O artigo é show. Mas me ocorreu uma curiosidade:
    Tua namorada não fica aborrecida em vê-lo sentir
    tesão por outras mulheres?
    Que tal falar sobre isso um dia nos teus posts?
    Pois muito se fala em “natureza masculina” etc , etc e etc. Mas é um tanto humilhante para uma
    mulher ver seu parceiro admirar outras mulheres
    enquanto ela está ali, linda ao seu lado, se sentindo desprezada.

    Um grande abraço!

  • Gustavo Gitti

    Alessandra, minha namorada não existe, sou solteiro. Quando comecei o blog, estava longe dela, depois voltamos e desde o início do ano estou solteiro novamente (o histórico de posts acaba revelando isso).

    Nossa história foi linda (5 anos, 3 destes morando juntos), mas terminou. Hoje resta cuidado, carinho e gratidão por tudo o que fizemos um do outro, tudo o que somos por causa do outro. É gostoso acabar bem. Mesmo em meio a muita dor e confusão, eventualmente nos curamos como um casal até mesmo pós-namoro. Isso é essencial.

    Mas, sim, essa questão do “se sentir desprezada” aconteceu MUITO e provavelmente acontecerá de novo. Sabe como é, eu sou aprendiz do que escrevo. Sou mais iniciante do que qualquer leitor, e não estou brincando quando falo isso.

    Não cobro uma postura correto de mim mesmo, apenas vou dando meu melhor, mesmo quando isso é bem pouco. E então venho aqui e coloco meus erros de ponta cabeça, ao contrário, do avesso. É isso o que tenho a oferecer por esse blog.

    Abração pra ti tb!

  • Gustavo Gitti

    Alessandra, fiquei pensando agora: como é que você achou que eu tinha namorada se nesse post eu relato uma aventura de 4 dias com OUTRA garota? 😉

  • Alessandra

    Gustavo,

    Quando eu citei o termo “namorada”, poderia ser também parceira, ficante, amizade colorida, xaveco, amante e afins.
    Eu fiz esta pergunta para ti na intenção de tentar compreender uma questão que muito me aflige no meu relacionamento atual.
    Estou passando por uma fase difícil , me vendo na
    solitária tarefa de me enxergar na 3ªpessoa para poder superar muitos desapontamentos.

  • Alessandra

    Obs: não achei nada, foi só uma suposição.
    Estou apenas tentando compreender um mundo em que jamais consegui me adaptar como ser espiritual que sou, onde as pessoas fazem coisas que fogem da minha compreensão/aceitação.=^.^=

  • Jazz

    É bom assistir o modo como tu vês as coisas. É… tenho sim o que aprender contigo. Por enquanto, melhor aprender de longe mesmo.. 😉

  • Sobre os dias em que virei um Saci* « Poucas Palavras

    […] li um texto dele, igualmente interessante, apesar de eu não concordar com tudo. Infelizmente, não haverá (tão […]

  • Gleice

    nossa gu, estou realmente mexida, seu relato me fez lembrar uma experiencia extramente semelhante que vivi aos meus 17 anos… nossa q coisa fantastica! q sensação maravilhosa poder viver algo assim ao menos uma vez na vida…fico feliz por mim, e por vc…quero mto ler o final do seu texto hein…

  • Ninha

    Olá Gustavo, encontrei seu blog através do manual do cafajeste, rs, que sempre me dá boas risadas, e de primeira me encantei com seus textos, mas ainda não tinha me inspirado a comentar.

    Sobre o assunto one-night-stand… você alguma vez deucontinuidade a algo que começou puramente carnal? Uma menina que você conheceu e de cara levou pra cama, mas que despertou um interesse em continuar?

    Não pergunto isso por insegurança em querer saber se um carinha iria continuar comigo depois de ter liberado de primeira, rs, pergunto para saber se você com o decorrer do tempo e aumento da intimidade (não física, óbvio), notou alguma diferença no sexo?

    Eu estou notando isso no momento. Me envolvi com um amigo de amigos meus, e rolou logo de primeira… nunca nem tinha visto o rapaz, mas curti tudo o que tinha pra curtir, mas o negócio tá rendendo, rs, e estamos saindo há pouco mais de um mês, com frequência certa de, no mínimo, uma vez por semana e eu tenho notado que o sexo mudou… tem mais carinho, mais contato, mais intimidade mesmo… estou adorando!

    E você, o que acha?

    Eu que te add no orkut ontem, se não me engano, rs!

    Bjinhos!

  • Gustavo Gitti

    Ninha, sim, já aconteceu. E seu “óbvio” não é nada óbvio, pelo contrário: a própria intimidade corporal também aumenta. Sem contar que o outro vai ficando mais bonito. Às vezes eu vejo a bunda dela de um determinado ângulo e pronto: nunca mais a vejo igual antes, é sempre aquela bunda cada vez mais linda. O mesmo acontece com tudo, até com o rosto.

    A beleza é uma questão de treino também, de saber olhar, de ângulo, de luz, de generosidade nossa, de falar: “Vai, tá bom, me mostra o seu lance”.

    Já notou que todo mundo fica maravilhoso depois de uma bela foda? Mesmo descabelado e suado, os olhos brilham, e no dia seguinte o outro já está diferente.

    “te add no orkut” hahaah… Eu me divirto com essa linguagem.

    Esses dias recebi um assim: “adoro seu blog, posso te add? quero ser sua amiga”. E ainda reclamam quando não adiciono. Se você também lê ouvindo o som das palavras, deve achar engraçado a expressão “te add”.

    Um abraço.

  • Ninha

    Rs, concordo plenamente sobre as expressões interneteiras, mas não consigo evitar, rs, mas você me adicionou, não se preocupe, rs.

    E já notei isso de que cada olhada a a nossa visão se altera, mas isso também funciona ao contrário, quando você, por exemplo, ideliza alguém, e vai curtindo, mas pouco a pouco você percebe que não é bem tudo aquilo que você idealizou, porque ninguém nunca é… nós criamos expectativas em cima das pessoas, esperando que elas sejam aquilo que NÓS queremos… por isso muitos relacionamentos não dão certo, fica um esperando certas coisas do outro, mas isso é assunto pra outra conversa, rs!

    Isso da visão se alterar também tem acontecido comigo, eu o achava absolutamente lindo, agora já nem tanto,rs, absolutamente, não me fez perder o desejo por ele (por ele inteiro), só mudou minha visão.. como outras coisas, como o cheiro, a cada dia, eu gosto um pouco mais… e é isso aí!

    Até a próxima!

  • Top 10 em Sacanagem

    […] estava lá – link ousado 7 ?! E isso entre gente que eu gosto e admiro muito como PdH, Andarilho e Gitti. Que bonitinho, […]

  • Mari Ruiva

    Eu estou apaixonada por um estranho…E, desde a primeira vez que o vi, eu já estava, mas ainda não sabia…E a gente se olhou um dia, logo depois de nos conhecermos, e nos descobrimos apaixonados, antes mesmo do amor feito…Porque fazer amor com um estranho é simplesmente delicioso, quando ambos estão abertos a sentir tudo que se tem direito…Ir descobrindo o outro a cada toque, a cada suspiro, se permitir perguntar os detalhes do que gosta ou não, testar as mordidas, as lambidas, os gostos…
    Mas aindo somos estranhos, talvez deixemos de ser, ou não…Temos mais de 30, menos de 40 e não temos muitas ilusões…Mas seu texto me deu vontade de dividir isso contigo, de te dizer que eu também acredito no instantâneo, na disponibilidade pra quem sabe chegar junto…e afimar, de cima da minha balzaquice: é mais do que possível amar um estranho…

    beijocas

  • Andrea

    Você só reforça a minha crença de que escrever não altera nada, como já disse a Clarice Lispector. Ainda usando as palavras dela, no fundo não se quer alterar nada, apenas tentar desabrochar de um jeito ou de outro.
    Esse texto me passou isso. Uma tentativa de desabrochar. Agora, uma teoria minha: tentar desabrochar exige esforço. Exige respirar e observar. No fundo, esse esforço libera alguma coisa que sim! afeta e altera quando alcança o outro.
    No fundo, só alcançamos o outro quando tentamos desabrochar. História linda. O desconhecido é fascinante porque não tem limites.

    Rótulos que ganhamos e estigmas daquilo que somos são limites, por isso o que acreditamos ser “conhecido” não vem acompanhado de toda a simples mágica que você descreveu.
    Que você continue tentando desabrochar, “de um modo ou de outro”.

  • Para além de bebidas, mulheres e dinheiro: o que é um grupo virtuoso de homens? (ou Sobre a Cabana PdH) | Revista Papo de Homem - Lifestyle Magazine

    […] mensagens por 2 meses e agora descobre que ela vai viajar para sua cidade. Você já tinha lido o relato de um encontro parecido, mas gostaria de ter mais idéias sobre como recepcioná-la e proporcionar alguns dias de aventura […]

  • Gilbertow

    Rapaz, você não entende nada de one night stand, meu caro. Brega e pidão é esse texto. Nunca mais seja piegas, ok? Daqui a pouco você vai dizer que “Amar é: ela comprar a fraldinha do seu amor”.

  • Gustavo Gitti

    Gilberto, você acha mesmo que se eu entendesse algo de one-night stand eu teria perdido tempo escrevendo um texto longo desse em 2 partes?

    É tudo mentira, invenção, nenhuma mulher linda passou 4 dias e 4 noites comigo, não.

  • Adriane

    Como diz o cantor e compositor Jay Vaquer: “Você não me conhece. Mas me ama pra sempre porque te convém…”

  • Aurora

    Esse post é antigo e mais um Calligaris

  • Tweets that mention Os motéis invisíveis de São Paulo (ou como fazer amor com estranhos) – Parte 1 | Não Dois, Não Um: Um blog sobre relacionamentos lúcidos -- Topsy.com

    […] This post was mentioned on Twitter by Leo D'Ippolito. Leo D'Ippolito said: "A morte dá condições para que haja o amor eterno"- @gustavogitti sobre "Os motéis invisíveis de São Paulo" Bom texto! http://bit.ly/9CAKwJ […]

  • Erika

    oiii…olha amei o que escreveu…mto verdadeiro….sabe que tenho vivido um pouco do que vc escreveu e realmente é isso mesmo…tenho conhecido pessoas “estranhas”…e vivido momentos maravilhosos…e achei fantastico o jeito que vc escreve mto sincero, algo infelizmente dificil de se ver hoje em dia…a grande questão “ser vc mesmo”…pena que não consigamos viver isso em todos os momentos de nossa vida…mas esse é meu objetivo…dificil…mas ainda hei de conquistá-lo…enfim achei FANTASTICO, FASCINANTE E MTO MTO VERDADEIRO pelo menos para mim….INSPIRADOR…mtos mtos beijos e espero que escreva mais…rsrsrsrs

  • Leandro Correia

    muito bom o texto, o ser humano esta o tempo todo em busca de ser amado, de ser aceito … então, vamos nos amar, perceber o outro … nos descobrimos no outro … mas ao invés de amar simplesmente, ficamos mergulhados nessa hipocrisia social, pisando em ovos para podermos estar de acordo ocm o que quase todo mundo faz, você ama sua esposa, mas não pode fazer sexo picante com ela, suas perversões sexuais ficam pras ‘outras’ … e vamos levando esta coisa chata até quando?

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