Rapidinhas sobre meu cotidiano

por Gustavo Gitti 22 novembro 2007 7 comentários

Às vezes leio textos antigos e entendo por que algumas chegam a algumas conclusões sobre mim… Os que nunca me viram costumam cair em dois extremos: “Gustavo, você deve ter uns 85 anos, né?” ou “Nossa, você não tem vida, não?”. Os que me conhecem afirmam: “Cara, você é louco”. Sem negar nenhuma delas, envio uns flashes dessa vida que me tem.

  • No meu último dia de trabalho na Vivali, encontrei com o Gero Camilo na rua em que morei por 2 anos. Sim, essas coisas também acontecem. Quem não viu Aldeotas ainda não virou humano. Cleide, Eló e as Peras também foi sensacional. Gero é como Denise Stoklos: o texto é excelente, mas o que ele faz como ninguém é nos abrir. Aldeotas e Calendário da Pedra deveriam estar no currículo escolar. Gero nos faz virar gente.
  • Agora estou fazendo um percurso bem mais longo para ir trabalhar. 40 minutos entre ônibus, metrô e caminhada. Passei dois anos morando a 100 metros do trabalho e já estava sentindo falta desse espaço de reflexão que vem de esperar, andar, esperar, andar. Além de contato humano com conhecidos, preciso de conexão com estranhos, desconhecidos, distantes. Hoje observei um velho no metrô. Eu nunca poderia imaginar como é sua vida, sua história, seus pensamentos. Esse é um desafio constante para mim: como realmente me comunicar com todos, sem exceção.
  • Aqui no SESCSP tem cartão de ponto eletrônico. Um puta sistema. Você só pode passar 5 minutos antes ou 5 minutos depois do seu horário. Se chegar 15 minutos antes, eu tenho de ficar esperando. Aí venho para minha mesa, me esqueço e pronto: passo 20 minutos atrasado! O pessoal aqui odeia, sempre reclama. Eu secretamente adoro. Às vezes treinamos mais liberdade em meio a regras do que na ausência delas. Antes eu tinha flexibilidade de horário, mas era escravo de minha preguiça. Agora minha liberdade está aumentando pela prática da disciplina. O ponto eletrônico é meu mestre!
  • Nesse fim de semana, vai ter um evento especial no CEBB SP. Vale a pena participar: cinema, massagem, oficina de malas, atividade com crianças, pintura de mandalas, ioga… Eu estarei lá no domingo, conversando sobre o filme O Show de Truman.
  • Não sei até quando vou aguentar essa rotina de trabalho + dança de salão + chegar em casa morto + escrever. Se fosse só um fim de semana… Todo dia é que é foda. Engraçado é que o mesmo corpo que tem prazer fazendo isso é aquele que se deita exausto no fim do dia desejando não fazer nada no dia seguinte. 😉
  • Hoje tá um puta dia lindo aqui em Sampa! Se eu pudesse conceber um universo, nunca chegaria nem perto dessa coisa toda que nos permeia. Puta dia lindo, VSF!
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Para transformar nossas relações

Há algum tempo parei de escrever no Não2Não1 e comecei a agir de modo mais coletivo, visando transformações mais efetivas e mais a longo prazo. Para aprofundar nosso desenvolvimento em qualquer âmbito da vida (corpo, mente, relacionamentos, trabalho...), abrimos um espaço que oferece artigos de visão, práticas e treinamentos sugeridos, encontros presenciais e um fórum online com conversas diárias. Você está convidado.



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7 comentários »

  • Angela

    O Dia aqui em SP está LINDO mesmo!!!

    Eu sempre que pegava metrô, antigamente, olhava as pessoas e ficava imaginando o que seriam?Boas esposas, maridos, chefes…isso me fazia viajar!!!

    Hoje , meu trabalho é super perto de casa….Só da para olhar para o dia lindo mesmo…..

    Adoro passar por aqui….

    Saudações!!!

  • João

    Tá inspirado hoje!! 😉
    SP tá com sol desde as 7:10 da manhã!!! Bonito mesmo

  • Sayonara

    Gustavo, olá…

    andei lendo os seus posts e estou encantada com a sua forma de expor assuntos tão pertinentes. Estou lendo devagar, um por um.

    Desde quando vc não trabalha mais na vivali? Dia 20 de Novembro recebi a cópia de um contrato e o orçamento de um livro virtual. O endereço de e-mail era o seu, inclusive para qualquer dúvida ou informação (gustavo@vivali.com.br)

    Por favor entre em contacto. Escrevi outro e-mail para o seu endereçp eletrônico da vivali com algumas solicitações, mas ainda não obtive resposta.

    Ao contrário de Sampa, aqui, em Manaus, está um dia terrivel, carregado de nuvens cinzas, logo teremos chuva.

    Um abraço

    Sayonara

  • Lunna

    Em Brasília : tempo nublado. Mas sabe que ainda assim o dia esta bonito… ( ou será que meu humor anda melhorando ?).
    Adorei saber mas de ti.
    Bj

  • Lilian Fernandes

    Oi, Gustavo!
    Achei que eu fosse a única louca que curtisse esse ir e vir no trabalho. Também trabalho perto de casa e muitas vezes sinto falta de um tempo maior para essa reflexão, principalmente na volta, quando estou cansada mas satisfeita por cumprir mais um dia de labuta.

  • Ana Lucia

    Gustavo:
    Olá! Já estava com saudade de passar por aqui!Mas, vou te dizer uma coisa: naquela introdução que você fez pro meu post “Meus Mestres”, você disse que eu sou uma mulher cheia de energia, lembra? Cheio de energia é você, garoto! E é contagiante! Esse post deixa a gente com vontade de tomar o ônibus, o metrô e fazer essa caminhada com você! Pra mim, é um alento saber que existe alguém com tanta necessidade de se comunicar como eu, sabia? Acho que você tem muito mais oportunidade, está mais na vida. Em mim, que não tenho tanta chance de conhecer gente diferente, pela minha rotina, sinto isso de forma tão forte que às vezes até dói! E, é claro, é escrevendo que extravaso um pouco esse sentimento.
    Agora é madrugada, já passa das duas da manhã,mas deu pra sentir o calor desse sol que você falou, sabia? Continua assim, Gu, esse meninão cheio de vida, pra sempre!

    Beijão!

    Analú

  • Mulher Solteira

    E PONTO para o ponto eletrônico, né Gustavo?

    Agora você já sabe que te entendo perfeitamente… 😉 E veja você, também trabalho do ladinho de casa (na verdade vim morar do ladinho do trabalho) e acho que também me faz falta viajar um pouco pela cidade…

    Como a gente é esquisito! Agora só me falta uma proposta de emprego irrecusável para eu parar de me lamentar sobre a minha liberdade… 🙂

    Beijos,

    Cris.

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