Notas sobre a palestra “Conselhos para os casais”

por Gustavo Gitti 22 outubro 2007 19 comentários

Mais de 80 pessoas foram ver o Lama Padma Samten (Alfredo Aveline) falar sobre relacionamentos no CEBB SP, quinta-feira passada. Estavam por lá o querido casal Ian Black e Marina Santa Helena. Não tenho o costume de anotar ensinamentos em palestras ou retiros, mas escrevi tudo o que pude para compartilhar aqui.

Seguem algumas notas filtradas por minha visão confusa das coisas. Quase não adicionei nada ao que foi dito. Ainda assim, já peço desculpas ao Lama Samten por colocar um pouco de sua palestra aqui de modo cortado, sem o contexto de todos os ensinamentos, sem sua energia, presença e bom humor. Talvez isso seja uma falha grave, mas eu arrisco.

Com o lama brinca muito, coloquei um “;-)” ao fim dos tópicos que foram ditos em tom de brincadeira. Abaixo, deixo um gostinho do que foi (o primeiro trecho em áudio corresponde à primeira parte do texto, o segundo à penúltima):

Almas gêmeas? Amor de vidas passadas? (MP3)

Inteligências femininas e masculinas (MP3)

O problema da “bóia gêmea”

  • As relações podem ser construídas na Roda da Vida (entre identidades, movidas por emoções perturbadoras), mas não precisam ser assim.
  • Chagdud Tulku Rinpoche dizia que há algumas etapas pelas quais todos passam nos relacionamentos amorosos: (1) a pessoa não está, mas deseja ficar, apaixonada; (2) encontrou a “alma gêmea” (etapa maravilhosa de 3 meses); (3) descobre as negatividades do outro (3 anos); (4) diz “O que aconteceu? Onde errei”; (5) a relação entra em dissolução; e (6), enfim, a relação entra em sua etapa mais longa, a etapa pós-fim.
  • Quando encontramos nossa alma gêmea (“Parece que já nos conhecemos há muito tempo!” ou “Nós fomos casados em outra encarnação!”), devemos nos perguntar: “OK, mas como foi antes? Qual foi o motivo do fim? Algo aconteceu, não?”. 😉
  • Há pessoas mais lúcidas que sabem da impermanência e por isso dizem “Menos!” quando recebem um elogio como “Você é perfeito para mim!”. E dizem “Menos!” também quando, algum tempo depois, ouve “Você é um monstro!”. 😉
  • Somos seres livres com predisposições e características flutuantes. Se nossa união se baseia nesses aspectos, corremos o risco de não mais agir de certo modo e ter de ouvir de nosso parceiro: “Mas eu me casei com você só por isso!”. 😉
  • Todas as características do outro vem com um prazo de validade que nunca olhamos.
  • Somos como 2 bóias colocadas juntas em um mar revolto: depois de um tempo acabam uma no Oceano Pacífico e outra no Atlântico.
  • O lama brinca: será que existiria mesmo uma “bóia gêmea”?
  • Se casamento fosse bom, por que haveria testemunha? Por que juiz? E por que o juiz não sorri? Ele convive direto com isso e sabe como a coisa se desdobra… Por que assinar algo? 😉

A saída pela meditação

  • O lama diz que até então falou da tragédia e que explicará sobre como fazer a coisa funcionar direito. E então brinca: “Sempre me esqueço dessa segunda parte… Como é mesmo?”. 😉
  • De forma muito aberta, pergunta a todos: “A solução deve vir sem repressão, correto? Sem artificialidade, concordam? Sem disciplina, estão todos de acordo?”. Precisamos transitar para outra linguagem, mas isso não pode ser apenas mental. É um processo do coração, no nível de energia.
  • Na prática da meditação em silêncio, descobrimos uma região livre. Nós levantamos e sentimos a artificialidade das identidades. Nós podemos existir e fazer correr a energia sem identidades, naturalmente. Não precisamos abandonar nossa vida, nosso trabalho, as relações todas. O fechamento ou fuga é outro equívoco. Precisamos apenas trocar de base, alterar o processo de relação com tudo ao nosso redor.
  • Sem o mínimo de estabilidade interna, nós sempre seremos movidos pelos outros.
  • O lama sugere a prática da meditação de Metta Bhavana (bhavana é “cultivo” e “metta” significa “amor”). Olhar cada ser com as seguintes aspirações: que ele possa encontrar a felicidade e as causas da felicidade, que ele possa se livrar do sofrimento e de suas causas, que ele se libere de seus condicionamentos e fixações, que olhe com lucidez para tudo, que possa trazer muitos benefícios aos seres ao seu redor e que sua energia e alegria venha disso.
  • Ao fazer isso com todos, lentamente vamos trocando a base das relações. Trocamos “Que ele me ame” por “Que ele seja feliz”. Não “Que ele seja feliz COMIGO!”. Apenas “Que ele seja feliz”. Isso com nossos ex-maridos, filhos, amigos, inimigos, sogras…
  • No processo convencional, temos relações aflitivas. Os outros desejam que nosso amor seja confirmado sempre. Nós também precisamos de provas o tempo todo. Há perseguição. Ligações obsessivas no celular. Fazemos checagens, testes, vivemos com medo e insegurança constantes.
  • Temos de olhar e nos alegrar com as qualidades dos outros. Fazemos isso naturalmente com aqueles amigos dos quais temos orgulho. Basta que expandamos isso a todos.
  • De todas as definições de amor, eis uma sugestão budista: amor é a capacidade de ver qualidades positivas no outro, nos alegrarmos e agirmos para seu florescer. Não só vemos sementes, mas umedecemos raízes para que o outro se torne mais virtuoso e feliz.
  • Já a compaixão não tem nada a ver com dó ou pena. A compaixão surge quando dissociamos a pessoa de seu obstáculo, o ser livre da negatividade que está manifestando. Ninguém olha para alguém com gripe e diz: “Aquele ali é o gripado, tem um nariz que escorre, etc”. 😉

“As relações são para sempre”

  • No Budismo Tibetano, se diz que todos os seres já foram nossas mães. Aquele ser que hoje nos persegue já foi nossa mãe. Esse não é um pensamento esotérico ou místico. É apenas uma estratégia para que possamos ampliar nossa visão.
  • Todos os seres já foram namorados e namoradas uns dos outros.
  • Quando devemos acabar com a proximidade? Quando não há crescimento, quando a relação não promove o desenvolvimento das qualidades positivas do casal. Quando um tranca o outro.
  • Ainda assim, uma separação não é um corte. A relação sempre continua, de outra forma. Apenas foi introduzida uma distância. A prática de Metta Bhavana deve continuar sempre. De fato, é pela prática que às vezes decidimos pelo distanciamento.
  • Nós temos o hábito de tratar as relações de modo diferente: uma coisa é namoro, outra é amizade, outra é família… Mas são todas relações. Nós nos relacionamos igualmente com todos, porém é impossível ser próximo de todos, “arquitetonicamente” impossível. Portanto, é natural que surja o casal, uma relação de intimidade que possibilite trocas mais profundas, sexo, etc. Porém, a diferença é de grau, não de tipo ou qualidade.
  • Como as relações são todas iguais, nossa prática deve ser a mesma. Metta Bhavana em qualquer direção. A generosidade brota naturalmente sem precisar ser dita. As 10 qualidades positivas começam a surgir. Nossa moralidade não é convencional ou normativa. Ela vem da visão lúcida.
  • Com essa prática, as relações se tornam fonte de sabedoria. São completamente satisfatórias e plenas, pois nossa energia não mais flutua.
  • Pegue o exemplo de uma prática de generosidade. Você dá um iPod ao outro. Se o iPod quebrar, o outro sofre pois a alegria está vinculada a um objeto. Mas nada quebra seu ato de dar. A alegria que vem do simples oferecer é permanente, não flutua, independe de resultados, não se perturba. Se, ao contrário, seu ato é feito esperando por uma recompensa, isso chama o sofrimento. É só o outro não gostar e nós perdemos a alegria!
  • Nós somos consumidores. Consumimos os outros, consumimos a natureza. Descartamos pessoas, descartamos recursos naturais. Não teremos chance se não invertemos essa relação.

Prática nos vários tipos e estágios de relação

O lama então retorna à primeira abordagem dos vários estágios de um relacionamento e mostra como a prática deve ser sempre a mesma. Meu resumo aqui ficou ridículo, mas compartilho anyway.

  • Situação 1: A pessoa quer se apaixonar, não encontra ninguém e fica em depressão pois sua energia não circula. Na verdade, isso acontece pois ela tem pouco amor pelos outros. Ou seja, ela vê poucas qualidades nos outros e não trabalha por seu florescimento. A saída é praticar Metta Bhavana, cuidar de uma planta, se interessar pelo mundo dos outros.
  • Situação 2: A pessoa tem energia fluindo, mas não encontra alguém por quem se apaixonar. Ela não precisa sair ficando com vários em uma noite! Basta ela não limitar essa energia a poucos seres.
  • Situação 3: Ela já tem uma paixão, mas não conseguiu agarrar a pessoa. O problema então seria ficar dependente do outro. “Quem sofre por amor não correspondido não ama o suficiente”. Temos de aprender a amar unilateralmente, unidirecionalmente.
  • Situação 4: A pessoa encontrou e ficou com alguém. Ainda assim, se seu amor se restringir ao parceiro, isso é muito pouco. Temos de amar todos, não apenas um ser.
  • Situação 5: 3 anos de relação estável, na qual ambos se apóiam e se sustentam na prática. A mesma coisa: Metta Bhavana.
  • Situação 6: Estão se separando, há um esgotamento da relação. Entretanto, a relação só será mais afastada, nunca se romperá. Metta Bhavana aqui também.
  • Situação 7: O casal já está separado. É bom que a relação passada fique curada, para o bem do outro e para a o nosso também (menos aflições, menor dor). Para isso, mesmo se não houver encontro, a prática deve ser feita unilateralmente.
  • Seja qual for o tipo ou o estágio da relação, nós vamos usar o mesmo método. A prática das 10 qualidades (amor, compaixão, alegria, equanimidade, generosidade, moralidade, paz, energia constante, concentração, sabedoria) é sempre livre de contra-indicação.
  • Com essa prática, não há bóias, só espaço. Existe o criador das bóias. Não somos identidades que andam. Somos seres livres que se posicionam.

Dica essencial para homens e mulheres

Aqui o lama entrou em um dos pontos mais profundos do relacionamento homem-mulher, algo que sempre me atraiu (já escrevi sobre essa prática aqui quando falei de Shakti e Shiva).

  • Olhe as mulheres como manifestação da natureza feminina. Muitas não entendem ou sabem disso, mas elas são isso. Cada mulher pega as qualidades femininas e pensa: “Eu sou isso”. Mas ela vai perder aquilo… Aquilo se manifesta por um tempo e depois vai aparecer em outras mulheres.
  • Depois olhem os homens. Eles também são apenas expressões da natureza masculina.
  • As qualidades são impessoais e nunca cessam. Elas só trocam de corpos, só surgem em mil relações variadas.
  • Olhamos esse brilho, essa magia. Vemos que não há posse, que nada disso nos pertence. Nossa prática será então a de reverenciar, sustentar e usar (enquanto der) essas qualidades.

Últimas considerações

  • No budismo, há um ceticismo último. Nada é reificado. “Não há nada ali dentro” (vacuidade): só liberdade, só espaço. Assim com a realidade exterior, assim é com as pessoas, assim é com nossa mente, assim é com nosso passado, presente e futuro.
  • Pensamos: “Eu entendo, mas a MINHA relação é exceção. Eu gostei dessa visão de amor, mas com ELA é impossível praticar isso, ELA não tem qualidades positivas!”. Temos vários obstáculos e damos solidez às nossas prisões.
  • Temos de interromper a negatividade do outro (compaixão irada) para protegê-lo de si mesmo. Essa ação é a favor do outro, não contra. Em ações violentas, o importante é manter a motivação correta de agir em benefício do outro, com lucidez, sem automatismos impulsivos.
  • Temos um instinto natural para a poligamia. Mas em determinadas sociedades ela é inviável. No Tibet, brinca-se: “1 cavalo, riqueza. 2 cavalos, mais riqueza. 1 mulher, riqueza. 2 mulheres, prejuízo”. 😉

O lama falou de outras culturas nas quais a poligamia é válida e não gera sofrimentos. Depois alguém perguntou: “Lama, uma pessoa iluminada ainda possui emoções, desejo, rola sexo?”. O lama: “Por que não?”.

Se algo o incomodou ou lhe pareceu errado, por favor vincule tudo à minha pessoa, às minhas anotações. Dirija sua discordância a mim. Se algo fez sentido e esclareceu algo para você, tome isso então como méritos do Lama Samten. Obrigado!

Dedico esses ensinamentos a todos os que estão sofrendo em suas relações atuais. Que todos possam liberar seus obstáculos.

* Para quem quiser praticar meditação: www.cebb.org.br e www.dharmanet.com.br

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Para transformar nossas relações

Há algum tempo parei de escrever no Não2Não1 e comecei a agir de modo mais coletivo, visando transformações mais efetivas e mais a longo prazo. Para aprofundar nosso desenvolvimento em qualquer âmbito da vida (corpo, mente, relacionamentos, trabalho...), abrimos um espaço que oferece artigos de visão, práticas e treinamentos sugeridos, encontros presenciais e um fórum online com conversas diárias. Você está convidado.



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19 comentários »

  • myla

    acho q nunca se falou tanto em amor como agora. e a gente acaba esbarrando em conceitos e definições diversos sobre o assunto. acabamos meio que inundados de tantos “amor/amar é…” mas a dificuldade não está na definição.

    a gente deveria crescer, desde bebezinho, aprendendo a amar – mas isso é coisa rara.

    o amor hoje habita muito a esfera do subentendido. eles são irmãos então é claro que se amam, mas o mais velho é incapaz de se dedicar a conhecer o mundinho do mais novo. e ambos crescem meio que como desconhecidos.

    a coisa da prática do amor anda limitada, circunscrita a alguns poucos, que às vezes nem enchem os dedos d uma mão e, mesmo dentre esses, ainda caminha carente.

    bem, até aqui nada novo, eu sei. mas o q encontrei d diferente foi que amor é presença. a gente apenas consegue amar o outro se nos fizermos presentes a ele: doarmos nosso tempo, nossa cia, nossa profundidade, qualidades e defeitos.

    não é algo fácil pq pensamos sempre em nosso umbigo, mas é algo q pode ser praticado e que se expande à medida em q a prática floresce. acho q esse seria o caminho.

    mil pessoas cruzam nosso caminho? esteja, então, presente a todas elas, uma d cada vez, oferecendo seu ser sem esperar por segundas chances, como bem diria o Gustavo.

  • Gustavo Gitti

    “amor é presença”… gostei!

    myla, quem diz isso é o Deida, eu só papagaio.

    vc tinha de ver o lama falando! o retiro tb foi sensacional… um amigo meu de Joinville foi (cético ao extremo) e saiu transformado. 😉

  • J@de

    Fiquei aqui me perguntando se eu conseguiria participar de um retiro, acho que sou elétrica demais…
    Mas os ensinamentos estão muito de acordo com a forma como eu gostaria de agir o tempo inteiro, mas colocar em prática é difícil para um ser humano medíocre como eu… acho que eu precisava mesmo era de muita meditação viu?
    Beijos!!

    Beijos!!

  • Gustavo Gitti

    Oi J@ade… Dois de meus amigos praticantes possuem DDA. E eles meditam melhor e mais do que muitos!

    Nesse último retiro, um amigo meu quis ir (eu nunca faço propaganda, sequer aviso dos retiros, só quando perguntam). Ele é cético, odeia religião, adora abordagens científicas apenas. Foi, meditou e se rendeu à transformação efetiva que acontece. 😉

    Há várias práticas, várias tradições, métodos… Basta procurar uma e começar. Essa que é elétrica demais não vai ter chance diante de algumas situações. Por é preciso treinar flexibilidade para nem sempre ficarmos elétricos (o que é muitas vezes uma boa coisa).

    Abração!!!

    Ah, li e gostei de sua resposta, Dra. Love! 😉

  • J@de

    É Gustavo acho que ser elétrica não é o problema, o problema é querer aquietar a mente né? Acho que eu me acostumei com o turbilhão emocional que eu sou… então, quero mas não quero…

    Mas quem sabe lendo seu blog, talvez eu me convença!!

    Beijos!!

    P.S.: Ah foi muito legal ter respondido lá, me senti “one of the boys”!!

  • Gustavo Gitti

    A Alê também escreveu sobre essa palestra aqui (de forma muito melhor, alias!):

    http://transmutando.blogspot.com/2007/10/um-pouco-mais-de-lucidez.html

  • Fernando

    Nossa, muito interessante Gustavo.
    Principalmente a parte (no finalzinho) que se refere ao mito:Shakti e Shiva.
    Se reparamos amamos mais do que a uma pessoa especifica. Nosso encanto reside de algo muito maior: a manifestação do feminino em suas variadas formas.
    E sinto que nosso amor (como dadiva) deve ser dada a pessoa especificamente e ao mesmo tempo a algo que é maio do que ela mesma: NOSSOS PRESENTES SÃO DADOS A PROPRIA VIDA COM TODA SUA PLENITUDE.
    Mesmo assim, sou ainda tão garrado a minha namorada:)

  • Larissa

    quanta paz eu senti em ler tdo isso.. e como queria ter podido participar. adorei tdo!
    obrigada

  • Ana

    Muito, muito, muito bom.

    Bom de ler, de entender, tentar interiorizar todos estes ensinamentos…

    Obrigada por publicar as palavras do Lama!

  • João Alexandre Carlos Henriques

    Estou tentando sair dessas relações artificiais,sinto que encontrei alguém que também busca essa atitude ,essa visão de amor,pois ele existe e o universo conspira a nosso favor.

  • João Alexandre Carlos Henriques

    Transmite paz em sua prática !tenho recebido mensagens de uma pessoa que busca esse caminho e que muito tem me ajudado com sua atenção e amor!

  • Fatima

    ola
    eu entrei nesta pagina a procura de informações sobre o budismo e a poligamia, será que me poderiam dizer algo mais sobre isso, oque o budismo falava sobre isso oque acha, enfim, tudo qu efor possivel vai ajudar bastante para esclarecer as duvidas que tenho

    bjao

    ah, acrescentar que a pagina ta muito interessante, apesar de logo no inicio eu não ter achado que haveria de encontrar oque eu pretendia, acabei lendo tudo e achando muito interessante

  • Guaraci Celso Primo

    Como diria o filosofo, o casal ao optar pela união matrimonial deveria se perguntar: Sou capaz de conversar pelo resto da vida com essa pessoa? O diálogo é fundamental para a felicidade do casal.
    Sucesso sempre na divulgação dos conhecimentos.
    Um abraço.

  • Uma palestra, uma peça e um filme sobre relacionamentos | Não Dois, Não Um: Um blog sobre relacionamentos lúcidos

    […] No dia 7 de agosto, às 19h30, o Lama Padma Samten dará uma palestra com o seguinte tema: “Relacionamentos lúcidos: é possível amar sem apego?”. Soou familiar? A última palestra do lama sobre relacionamentos eu comentei aqui no Não2Não1: “Conselhos para os casais”. […]

  • Daniel

    Tu pode até ficar aí menosprezando tuas anotações (em comparação ao discurso todo do Lama), mas, cara, elas são muito válidas para quem tem acesso a esse site. Gostei muito do que li. E fiquei feliz, feliz mesmo, por ver que ensinamentos como aqueles do texto têm feito diferença em mim e na energia que eu circulo.

    Abraço

  • Fonseca

    Gustavo, primeiro quero lhe falar da minha admiração por você e pelos ensinamentos budistas que divulga, maravilhosos! Tá certo que descobri o blog há pouco tempo e este assunto também já foi comentado há muito!
    Mas aí me veio a pergunta ao ver a seguinte citação:

    •Temos de interromper a negatividade do outro (compaixão irada) para protegê-lo de si mesmo. Essa ação é a favor do outro, não contra. Em ações violentas, o importante é manter a motivação correta de agir em benefício do outro, com lucidez, sem automatismos impulsivos.

    Como agir dessa forma se a negatividade do outro o distancia de quem quer lhe proteger, oferecer amor e mais ainda… quando este é seu próprio parceiro?
    Como fazer com que o outro veja que seus problemas além de trazer-lhe negatividade, tornam-o egoísta e acabam com a relação?

  • Gustavo Gitti

    Fonseca,

    O melhor cenário é quando a negatividade do outro não o perturba. Aí você consegue agir com paciência, sem esperar tanto pela mudança, ajudando-o apenas com sua presença livre, lúcida, estável.

    Quando a negatividade do outro o perturba (algo bem comum em relacionamentos amorosos), o melhor é lidar com essa perturbação sem tentar tanto mudar o outro. Se você lida com essa perturbação em você mesmo, sem lutar contra o outro, apenas isso já é um grande exemplo e também ajuda a dissolver a negatividade do outro.

    É importante você lembrar que o outro não é a negatividade que manifesta. O ideal é você se relacionar com essa liberdade, não apenas com os padrões condicionados do outro. Essa liberdade sempre sorri, em você e no outro.

    Abração.

  • Dani

    Gustavo,

    Achei seu site procurando respostas para um relacionamento maravilhoso que se transformou numa sucessão de brigas por questões mal resolvidas (entre filho e mãe / filha/mãe).
    Adorei esses conselhos que vc deu e gostaria de saber como seria essa meditação a que vc se referiu. Sou completamente leiga no assunto, mas muito interessada.
    Muito obrigada!!

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